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  • Facebook proíbe o líder militar de Myanmar por incentivar atos violentos.

    Facebook proíbe o líder militar de Myanmar por incentivar atos violentos.

    Facebook bans Myanmar military commander for inciting violence
    Imagem: stephmcblack/ShutterStock

    O Facebook recentemente eliminou várias páginas de sua plataforma que eram de pessoas e grupos em Myanmar, devido à divulgação de conteúdo de ódio e informações falsas contra os muçulmanos Rohingya no país.

    No site Newsroom, o Facebook divulgou a remoção de 52 páginas, 18 contas e um perfil do Instagram vinculados à disseminação de desinformação com o objetivo de incitar violência e limpeza étnica em Myanmar.

    Para ilustrar a grande influência dessas Páginas, o Facebook mencionou que aproximadamente 12 milhões de pessoas no total as seguiam. Em Myanmar, onde a população é de 50 milhões de habitantes, estima-se que cerca de 30 milhões utilizem o Facebook.

    Possivelmente a informação mais significativa está relacionada às pessoas que estão sendo excluídas da plataforma. O Facebook está banindo 20 indivíduos e organizações em Mianmar, incluindo o General sênior Min Aung Hlaing, líder das forças armadas. Essa é a primeira vez que a empresa impede um oficial do governo de acessar o Facebook.

    Além do líder militar de Myanmar, o Facebook informou que estava excluindo contas ligadas à emissora Myawady do exército, assim como Páginas que se faziam passar por fontes de notícias independentes, porém, estavam promovendo de forma oculta a propaganda militar de Myanmar.

    A organização comunicou que, apesar de terem excluído as Páginas e perfis, irão manter os dados associados a eles, como o material publicado nessas contas.

    As Nações Unidas têm expressado sua desaprovação em relação ao Facebook devido à sua contribuição na propagação da violência étnica em Myanmar. Recentemente, o Conselho de Direitos Humanos da ONU divulgou um relatório sobre a situação em Myanmar e abordou especificamente a questão do Facebook.

    As redes sociais desempenham um papel significativo, com o Facebook sendo uma ferramenta utilizada para disseminar o ódio, especialmente considerando que para muitos usuários o Facebook é a principal plataforma online. Apesar de ter havido melhorias recentes, a resposta do Facebook tem sido considerada lenta e ineficaz. É crucial investigar de forma independente e abrangente até que ponto as mensagens no Facebook contribuem para a discriminação e violência no mundo real. A falta de transparência do Facebook em fornecer dados específicos por país sobre a propagação do discurso de ódio em sua plataforma é lamentável, pois é essencial para avaliar a eficácia de sua resposta.

    No post sobre contas proibidas, o Facebook admitiu que foi lento para responder, mas destacou que está avançando ao implementar tecnologia aprimorada para detectar discursos de ódio, melhorar as ferramentas de denúncia e aumentar o número de revisores de conteúdo.

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